segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Construindo Pontes

Conta-se que, certa vez, dois irmãos que
moravam em fazendas vizinhas, separadas
apenas por um riacho, entraram em
conflito.

Foi a primeira grande desavença em toda
uma vida trabalhando lado a lado,
repartindo as ferramentas e cuidando um
do outro.

Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que
seguia ao longo do rio para, ao final de
cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar
um da companhia do outro. Apesar do
cansaço, faziam a caminhada com prazer,
pois se amavam.

Mas agora tudo havia mudado. O que
começara com um pequeno mal entendido
finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de
total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu
baterem na sua porta. Ao abri-la notou um
homem com uma caixa de ferramentas de
carpinteiro na mão.

Estou procurando trabalho - disse ele.
Talvez você tenha um pequeno serviço que
eu possa executar.

- Sim! - disse o fazendeiro - claro que
tenho trabalho para você. Veja aquela
fazenda além do riacho. É do meu vizinho.
Na realidade, meu irmão mais novo. Nós
brigamos e não posso mais suportá- lo.
- Vê aquela pilha de madeira perto do
celeiro? Quero que você construa uma
cerca bem alta ao longo do rio para que eu
não precise mais vê- lo.

Acho que entendo a situação - disse o
carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e
os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.

Como precisava ir à cidade, o irmão mais
velho ajudou o carpinteiro a encontrar o
material e partiu.

O homem trabalhou arduamente durante
todo aquele dia medindo, cortando e
pregando. Já anoitecia quando terminou
sua obra.

O fazendeiro chegou da sua viagem e seus
olhos não podiam acreditar no que viam.
Não havia qualquer cerca!

Em vez da cerca havia uma ponte que
ligava as duas margens do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: você
foi muito atrevido construindo essa ponte
após tudo que lhe contei.

No entanto, as surpresas não haviam
terminado.

Ao olhar novamente para a ponte, viu seu
irmão aproximando- se da outra margem,
correndo com os braços abertos .
Por um instante permaneceu imóvel de seu
lado do rio. Mas, de repente, num só
impulso, correu na direção do outro e
abraçaram-se chorando no meio da ponte.

O carpinteiro estava partindo com sua
caixa de ferramentas quando o irmão que
o contratou pediu-lhe emocionado:

" espere! fique conosco mais alguns dias".

E o carpinteiro respondeu:

- " Eu adoraria ficar, mas, infelizmente,
tenho muitas outras pontes para
construir."

E você, está precisando de um carpinteiro,
ou é capaz de construir sua própria ponte
para se aproximar daqueles com os quais
anda distante?...

(enviado Por Hercules Ferreira dos Santos -
São Paulo/ SP)
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Homem e o mundo

Um cientista vivia preocupado com os
problemas do mundo e estava resolvido a
encontrar meios de minorá-los. Passava
dias em seu laboratório em busca de
respostas para suas dúvidas.

Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o
seu santuário decidido a ajudá - lo a
trabalhar. O cientista nervoso pela
interrupção, tentou que o filho fosse
brincar em outro lugar.

Vendo que seria impossível demovê- lo, o
pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de
distrair sua atenção. De repente deparou -
se com o mapa do mundo, o que
procurava!

Com o auxílio de uma tesoura, recortou o
mapa em vários pedaços e, junto com um
rolo de fita adesiva, entregou ao filho
dizendo:

- Você gosta de quebra- cabeças? Então vou
lhe dar o mundo para consertar. Aqui está
o mundo todo quebrado. Veja se consegue
consertá-lo bem direitinho! Faça tudo
sozinho.

Calculou que a criança levaria dias para
recompor o mapa. Algumas horas depois,
ouviu a voz do filho que o chamava
calmamente:

- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar
tudinho!

A princípio o pai não deu crédito às
palavras do filho. Seria impossível na sua
idade ter conseguido recompor um mapa
que jamais havia visto. Relutante, o
cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho
digno de uma criança.

Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?

- Você não sabia como era o mundo, meu
filho , como conseguiu?

- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas
quando você tirou o papel da revista para
recortar, eu vi que do outro lado havia a
figura de um homem. Quando você me deu
o mundo para consertar, eu tentei mas não
consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem,
virei a folha e vi que havia consertado o
mundo.

Autor desconhecido
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Deficiências

Deficiente é aquele que não consegue
modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

Louco é quem não procura ser feliz com o
que possui.

Cego é aquele que não vê seu próximo
morrer de frio, de fome, de miséria. E só têm olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

Surdo é aquele que não tem tempo de
ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

Mudo é aquele que não consegue falar o
que sente e se esconde por trás da
máscara da hipocrisia.

Paralítico é quem não consegue andar na
direção daqueles que precisam de sua
ajuda.

Diabético é quem não consegue ser doce.

Anão é quem não sabe deixar o amor
crescer.

E, finalmente , a pior das deficiências é ser
miserável, pois Miseráveis são todos que
não conseguem falar com Deus.

A amizade é um amor que nunca morre.

(por Mário Quintana)
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eu sou feliz ! E você?

Durante um seminário para casais,
perguntaram à esposa:

- "Seu marido lhe faz feliz?"; " Ele lhe faz
feliz de verdade ?"

Neste momento , o marido levantou seu
pescoço, demonstrando segurança. Ele
sabia que sua esposa diria que sim , pois
ela jamais havia reclamado de algo durante
o casamento.

Todavia, sua esposa lhe respondeu com um
" Não", bem redondo . .. Não, não me faz
feliz".

Neste momento, o marido já procurava a
porta de saída mais próxima.

Não me "faz" feliz... Eu sou feliz".
- "O Fato de eu ser feliz ou não, não
depende dele e sim de mim ."

E continuou dizendo:

- "Eu sou a única pessoa da qual depende
a minha felicidade." Eu determino ser feliz
em cada situação e em cada momento da
minha vida; pois se a minha felicidade
dependesse de alguma pessoa, coisa ou
circunstância , sobre a face da terra, eu
estaria com sérios problemas.

Tudo o que existe nesta vida muda
constantemente... O ser humano, as riquezas, meu corpo, o clima, meu chefe, os prazeres, etc.

E assim poderia citar uma lista interminável. Às demais coisas eu chamo
"experiências"; esqueço -me das experiências passageiras e vivo as que são
eternas; amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar , consolar .

Lembro -me de viver de modo eterno. Talvez seja por isso que quando alguém me
faz perguntas como esta: "Você é feliz no
seu casamento?" ou "Você é feliz?", gosto
de responder com apenas uma frase, como
se esta fosse a conclusão de todo o
seminário, como se esta fosse a chave de
toda a felicidade, de todo matrimônio e de
toda vida humana; gosto de responder com
aquela velha e famosa frase que ainda não
conseguimos compreender:

" A felicidade está centrada em mim ".
Há pessoas que dizem : "Hoje não posso
ser feliz porque estou doente , porque não
tenho dinheiro , porque faz muito calor,
porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque alguém não soube me dar valor ..."

SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo
que esteja doente, mesmo que não tenha
dinheiro, mesmo que alguém tenha lhe
machucado, mesmo que alguém não lhe
ame ou não lhe dê o devido valor.

SEJA FELIZ. Sempre ...

É preciso correr riscos, seguir certos
caminhos e abandonar outros. Nenhuma
pessoa é capaz de escolher sem medo.
(Paulo Coelho)

Se você julga as pessoas não tem tempo de
amá- las.
(Mark Twain)

O importante é termos a capacidade de
sacrificar aquilo que somos para ser aquilo
que podemos ser.
(Charles Dubois)

(Texto da Doutoranda Aline G . M . Fraga -
LASSBio- Fac. De Farmácia - UFRJ )
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Os estranhos do bem

Pouco lembro do apartamento onde passei minha infância, mas não esqueci nada da rua onde morava , das casas vizinhas , do
quarteirão inteiro onde eu brincava desde o início da tarde até o início da noite e, por vezes, inclusive à noite. Naquela época não havia medo de assaltos, de atropelamentos, de sequestros
relâmpagos: a gente pegava a bicicleta e saía com a maior liberdade, sem pânico nem neuras, o oposto do que acontece hoje, quando as crianças só podem brincar dentro do prédio, em prisão domiciliar. Porém, mesmo com liberdade, havia um perigo rondando. Você deve lembrar o que
nossos pais buzinavam em nossos ouvidos a cada vez que abríamos a porta de casa para sair: Não dê conversa a estranhos. Mais uma vez, é o oposto do que acontece
hoje. Trancafiados em casa, com as
bicicletas enferrujando na garagem, não se faz outra coisa a não ser dar conversa a estranhos.

Quando menina, eu me perguntava: o que será que eles (os adultos) querem dizer com “ estranho”? Estranho, pra mim , era um cara que usasse óculos escuros à noite,
tivesse um bruta cicatriz ao lado da orelha e uma faca ensanguentada entre os dentes.

Mas estranho , pra eles , ia além : era qualquer um que a gente não conhecesse. Podia ser o pároco do bairro: um estranho. Corra! Assim que tive idade para diferenciar
conhecidos e estranhos , acolhi ambos. De um lado, me apegava às amigas do colégio, todas falando igual, vestindo igual, pensando igual e usando o mesmo cabelo:
nada como reforçar nossa identidade. De outro , queria saber como era viver em outro país, ter experiências diferentes das minhas, outros costumes. Os livros e o cinema alimentavam essa minha
curiosidade , mas não bastava. Então me inscrevi num programa de intercâmbio de correspondências e acabei fazendo
amizade com a Julie, que morava no
interior da Inglaterra, com o Carlos, que morava no México, e com a Michelle, que morava na Nova Zelândia. Trocávamos fotos, falávamos da nossa vida pessoal ,
contávamos segredos que atravessavam oceanos, tudo em cartas escritas ora em inglês, ora em espanhol, e quando ninguém
se entendia, desenhava -se . O que foi feito deles? Não faço a mínima ideia . Mas foram esses estranhos que ampliaram um pouco os meus horizontes e deram sabor de
aventura à minha adolescência.

Aí a gente cresce e inventam um troço chamado computador. E os pais somos nós! Conscientes das nossas responsabilidades, batemos à porta do quarto das crianças e damos sequência à tradição, alertando -os : “Não dê conversa a
estranhos”.

Quá, quá , quá.

Afora as orientações inevitáveis contra pedófilos e mal-intencionados em geral , é
preciso relaxar : ninguém com mais de 10 anos evita estranhos, ao contrário, eles são buscados freneticamente no MSN , no
Facebook, no Twitter , no Orkut , onde todos se expõem, transformando o mundo num
gigantesco albergue coletivo. Uma versão ligeiramente mais abrangente e instantânea do que aquele meu programa de correspondência internacional.

Jamais pedi atestado de bons antecedentes para quem não conheço . Estranho é mau?
Estranho é pior do que a gente? Se
devemos ter vigilância com nossos filhos - e devemos mesmo - é preciso também controlar a paranoia e não surtar por eles
trocarem ideias com quem nunca viram antes, e provavelmente jamais verão. Dar conversa a estranhos não significa dar o endereço, o telefone e a senha do banco.

Pode ser apenas um bate- papo divertido. E só pra lembrar: estranhos, somos todos.

(texto de Martha Medeiros, publicado no jornal Zero Hora / RS)
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eu , Aqui e Agora

Recentemente fiquei comovida ao ler uma poesia chamada" Pano de chão", do poeta Michio Mado:

Quando volto para casa em um dia de chuva o pano de chão está me esperando com a cara de um pano de chão . Um rosto conhecido! Mas certamente não era sua opção tornar -se um pano de chão . Até
pouco tempo atrás tinha a cara de uma camisa. "Sou uma camisa", dizia. Era macia como se fosse minha segunda pele , mas
certamente tornar- se camisa não foi sua opção. Talvez há muito tempo, em uma terra como a América, teria sorrido como uma flor de algodão sorrindo para o vento e para o sol .

Se eu fosse um pano de chão, talvez
dissesse: " Seria melhor ser uma camisa". Ou então: " Agora me tornei um pano de chão, mas antes eu era uma bela camisa". Um pano de chão que se lamenta assim não é útil. Não é nada fácil um pano de
chão com a forma de uma camisa.
Desempenhar plenamente o papel que nos foi confiado significa transformar- se plenamente em uma camisa quando temos
que ser uma camisa, e voltar a ser um pano de chão quando devemos ser um pano de chão.

Esta é a imagem de quem vive seguindo o caminho da verdade sem pensar em seus desejos caprichosos.

Pensar que o pano de chão não é
importante e tem menos valor do que a camisa é uma idéia banal , a mentalidade típica dos seres humanos. Neste mundo não há diferença de valor entre um objeto
e outro . Ouvi dizer que um pino de poucos milímetros que sustenta os mecanismos de um relógio de cem mil dólares custa apenas dez dólares. Mas este pino tão barato é tão essencial ao funcionamento
da vida quanto um objeto muito mais caro.

Cada parte do relógio tem seu papel no funcionamento do mecanismo e, a cada instante, trabalha sem cessar para. que o
relógio não pare . Também nosso trabalho - qualquer que seja ele - é como as engrenagens de um relógio, mantendo uma família, uma empresa, um país e o mundo.

Se trabalharmos seriamente a cada
instante , colocando de lado nossos
pensamentos e interesses egoístas,
podemos nos transformar em uma luz que ilumina as pessoas que nos circundam.

Nossa presença por si só é suficiente para iluminar e nos tornamos a própria aparição da verdade e do bem comum.

(Shundo Aoyama Roshi, abadessa do Mosteiro Feminino de Aichi)
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sábado, 13 de novembro de 2010

O Ladrão e sua Filha

Há muitos , muitos anos, um homem foi ao campo roubar trigo e levou a filha com ele para que ela o ajudasse na tarefa.

“Filha” , disse ele , “ fica aqui na estrada de guarda para que ninguém me veja .” Mas assim que o homem começou a ceifar a filha gritou - lhe: “Pai, estão a ver-te .” O
homem levantou a cabeça e olhou para a esquerda, mas como não viu ninguém continuou a ceifar .

“Pai, estão a ver- te ”, gritou a criança uma segunda vez. O homem levantou a cabeça e olhou para a direita , como nada viu
continuou a ceifar .

Passados mais uns minutos a menina gritou uma terceira vez : “Pai, estão a ver-te ”. O homem olhou para a frente , mas não viu ninguém e continuou a ceifar . “Pai,
estão a ver-te ” , gritou a filha pela quarta vez.

O homem olhou para trás e como não viu ninguém ficou irritado com a criança:

“Então filha?! Dizes que me vêem mas eu já olhei em todas as direcções e não vejo ninguém.”

A filha encolheu os ombros: “ Mas pai, estão a ver-te dali” , disse ela apontando para o céu .
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cota do ‘ sim ’ e do ‘ não ’

Durante nossa vida, com certeza, o que mais ouvimos é a palavra ‘ não ’ , mesmo quando gostaríamos de ouvir ‘ sim ’ . Desde a infância, o ‘ não ’ é quase uma constante...

Assim como a impregnação de ‘ nãos ’ em nossas vidas é volumosa , fazemos com que se manifeste indireta e disfarçadamente em
nosso dia a dia. Dizemos ‘ não’ , talvez, a uma boa oportunidade , a uma nova amizade, a um momento mágico, a um sorriso e, às vezes , à chance de fazer uma boa ação. Afinal, o ‘ não ’ está mais presente
e não exige muita reflexão sobre o assunto, enquanto o sim pede um
comprometimento...

Diante de tudo isso , que tal estipular uma disciplina de comportamento no contexto de ‘ não’ e ‘ sim ’? Que tal estabelecer uma cota diária para cada um deles? Aí , caso tenha de dizer ‘ não’ a alguma coisa hoje, mas sua cota já tenha se esgotado, pense melhor. Deixe para dizer esse ‘ não ’ no dia seguinte; faça a mesma coisa com o ‘ sim ’ .

Afinal, se um ‘ não ’ pode esperar , o ‘ sim ’ também pode. De repente , no amanhã , o seu ‘ não ’ pode virar um ‘ sim ’ , e o ‘ sim ’ , um
‘ não’.

A base do nosso caráter é construída com uma torre de sustentação negativa.

Sabemos instantaneamente o que não podemos fazer e demoramos para descobrir aquilo que queremos .. . Por isso , um ‘ não ’ bem pensado é como uma boa
escolha : pode realmente evitar algo de ruim; mas um ‘ não’ instantâneo pode afastar de você algo de muito interessante.

Quando precisar de mais tempo para pensar, responda ‘ sim ’ e ‘ não ’ . Defenda sua posição, justifique sua resposta.

Explique o porquê de sua decisão ... Enfim, se antes de dizer ‘ sim ’ ou ‘ não ’ , você tiver chance , exponha o seu ponto de vista.

Você verá que sua decisão ou vontade será muito mais bem recebida e compreendida.

(texto de César Romão no livro " Tudo vai dar certo")
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Buda dá aula de comunicação

“Como tenho plena consciência de todo o sofrimento que pode ser causado por palavras descuidadas e pela incapacidade de ouvir o que está sendo dito , fiz o voto de cultivar a fala amorosa e a capacidade de ouvir com atenção, para poder ser um veiculo de alegria que traga alivio para a dor das pessoas .

Sabendo que as palavras podem gerar tanto felicidade quanto dor , estou determinado a dizer sempre a verdade , e a usar palavras que valorizem a outra pessoa e que inspirem alegria e esperança.

Não espalharei nenhuma notícia que não tenha certeza de ser verdadeira , e não criticarei nem condenarei aquilo que não conheço bem.

Evitarei pronunciar palavras que causem divisão ou discórdia, ou que contribuam para a separação da família ou da comunidade.

Tenho a firme intenção de fazer o melhor que puder para reconciliar e resolver os conflitos , mesmo aqueles que sejam considerados pequenos ”

Esse texto foi retirado do início do quarto ensinamento do nobre caminho óctuplo da filosofia budista – A fala correta.
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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Honra também se ensina

É comum , em nossos dias, ouvirmos reclamações por parte de pessoas que se sentiram desrespeitadas em seus direitos .

É o médico que marca uma hora com o paciente e o deixa esperando por longo tempo, sem dar satisfação .

É o advogado que assume uma causa e depois não lhe dá o encaminhamento necessário, deixando o cliente em situação
difícil.

É o contador que se compromete perante a empresa em providenciar todos os documentos exigidos por lei e, passados alguns meses , a empresa é autuada por
irregularidades que este diz desconhecer .

É o engenheiro que toma a
responsabilidade de uma obra , que mais tarde começa a ruir , sem que este assuma a parte que lhe diz respeito.

É o político que promete mundos e fundos e, depois de eleito , ignora a palavra empenhada juntos aos seus eleitores.

Esses e outros tantos casos acontecem com freqüência nos dias atuais.

É natural que as pessoas envolvidas em tais situações, exponham a sua indignação junto à sociedade , e reclamem os seus
direitos perante a justiça . Todavia, vale a pena refletirmos um pouco sobre a origem dessa falta de honradez por parte de alguns cidadãos .

Temos de convir que todos eles passaram pela infância e, em tese, podemos dizer que não receberam as primeiras lições de honra como deveriam.

Quando os filhos são pequenos, muitas vezes não se dá a devida atenção às suas más inclinações ou, o que é pior, incentiva - se com o próprio exemplo .

Se o filho desrespeita os horários
estabelecidos, não costuma - se cobrar dele uma mudança de comportamento. Se prometem alguma coisa e não cumprem ,
não é falado sobre a importância da
palavra de honra .

Assim, a palavra empenhada não é
cumprida, e geralmente não se faz nada para que seja .

Ademais, há pais que são os próprios exemplos de desonra.

Prometem e não cumprem. Dizem que vão fazer e não fazem. Falam , mas a sua palavra não tem o
peso que deveria.

É importante pensar a respeito das causas antes de reclamar dos efeitos.

É imprescindível passar aos filhos lições de honradez. Ensinar aos meninos que as irmãs dos outros devem ser respeitadas tanto quando suas próprias irmãs . Que a
palavra sempre deve ser honrada por aquele que a empenha.
Ensinar o respeito aos semelhantes, não os fazendo esperar horas e horas para só depois atender como que estivéssemos fazendo um grande favor.

Não há efeito sem causa. Todo efeito negativo tem uma causa igualmente negativa.

Por essa razão , antes de reclamar dos efeitos, pense se não está contribuindo com as causas, direta ou indiretamente.

(autor desconhecido)
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