domingo, 25 de dezembro de 2011

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Especial de Natal

" Essa é uma história de um rei bondoso e justo e seus súditos egoístas.


Imagine um lugar tranquilo, com clima ameno, lindas cachoeiras, pomares com todo tipo de fruta, casas sem muros ou cercas, onde não existe nenhum tipo de injustiça.


O rei, diariamente, está junto com seu povo, ouvindo e atendendo suas necessidades. Este era o lugar onde este povo vivia.


Em um daqueles belos dias, apareceu um forasteiro, que, sutilmente foi se infiltrando no meio do povo sem chamar a atenção.


Foi aos poucos espalhando suas ideias entre os moradores, tentando deixá-los contra o rei. Seu principal argumento era que as pessoas tinham o direito de serem livres da tirania do rei, mesmo não havendo atos tirânicos por parte do rei.


Uma revolta foi criada e o rei, sem alternativa, teve que banir os revoltosos para uma caverna escura, separando-os de seu convívio direto.


A sombria caverna agora era o lar daqueles revoltosos. O forasteiro conseguiu perverter o coração daquelas pessoas, e aproveitando o fato de estarem longe da presença do rei tornaram-se pessoas más, cometendo todo tipo de perversidade, acobertada pela escuridão.


E a cada dia, caminhavam mais para dentro da caverna, afastando-se cada vez mais da luz.


Depois de algum tempo, acostumaram-se com a escuridão, esquecendo como era bom estar na luz. A escuridão já se tornava uma aliada.


Um longo tempo se passou, e as lembranças do antigo reino se apagavam de suas mentes. O rei bondoso e justo se tornava uma fábula, não parecia mais ser real.


Agora, cada um governava sua própria vida.


O bondoso rei, tomado de amor por seus súditos resolveu resgatá-los. Para isso, mandou alguns mensageiros, anunciando que em breve mandaria seu filho para guiá-los para fora da escuridão e de volta para seu reino.


Mas quando seus mensageiros chegavam com suas pequenas luzes na caverna, todos podiam ver a maldade, então, estes mensageiros eram logo eliminados do meio deles.


O príncipe foi então enviado. Ao chegar, sua luz resplandeceu tão intensamente que muitos ficaram tomados pelo medo, pois sabiam que a luz revelaria o quanto estavam doentes e sujos.


Alguns o reconheceram e lembraram do que os mensageiros haviam dito, viram nele a esperança que haviam perdido há muito tempo. Sua luz começava a transformar aquele ambiente escuro em algo que lembrava o antigo reino.


Mas a escuridão já havia tomado o coração da grande maioria.


Acostumar-se com a luz parecia impossível. A escuridão parecia muito mais cômoda, nela, suas feridas não pareciam tão ruins.


De forma desonesta e cruel, tramaram sua morte, tentando apagar sua luz. Ele foi tentado a ofuscar sua luz, sua autoridade foi questionada, até aqueles que o haviam reconhecido o abandonaram.


A escuridão aparentemente havia vencido. Só o que não sabiam é que tudo isso havia sido previsto pelo rei, e sua morte faria a luz que havia dentro de si, iluminar o caminho para fora da caverna.


O caminho está iluminado, mas só pode sair da caverna quem estiver disposto a enxergar suas feridas e sua sujeira causada pela escuridão e deixar-se ser tratado pelo príncipe.


Muitos já saíram da caverna, mas outros ainda preferem a escuridão.


João 3: 16-21

Mateus 5: 14-16


Jesus afirma de forma categórica que se fazemos parte do seus reino não temos outra opção que não seja resplandecer a luz de Cristo no mundo. "


Texto escrito por Almir de Souza


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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Loucos e Santos...

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.


A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.


Deles não quero resposta, quero meu avesso.


Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.


Para isso, só sendo louco.


Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.


Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.


Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.


Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.


Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.


Não quero amigos adultos nem chatos.


Quero-os metade infância e outra metade velhice!


Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.


Tenho amigos para saber quem eu sou.


Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.


Oscar Wilde


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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Mesa do Velho Avô

Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o seu neto mais velho de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, e a vista era embaralhada, e o seu passo era hesitante. A família comeu junto à mesa.


Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa. A bagunça irritou fortemente seu filho e nora: "Nós temos que fazer algo sobre o Vovô", disse o filho. "Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão ".


Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar.


Desde que o Avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele foi servida em uma tigela de madeira.


Quando a família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima em seu olho por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.


O neto mais velho de quatro anos assistiu tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira. Ele perguntou docemente para a criança, "O que você está fazendo?"


Da mesma maneira dócil , o menino respondeu "Oh, eu estou fabricando uma pequena tigela para você e Mamãe comerem sua comida quando eu crescer."


O neto mais velho de quatro anos sorriu e voltou a trabalhar. As palavras do menino golpearam os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a fluir em seus rostos. Entretanto nenhuma palavra foi falada, ambos souberam o que devia ser feito. Aquela noite o marido pegou a mão do Vovô e com suavidade o conduziu atrás da mesa familiar. Para o resto de seus dias de vida ele comeu sempre com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tivesse sujado.


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sábado, 10 de dezembro de 2011

Parábola do Professor

Um dia, na sala de aula, o professor estava explicando a teoria da evolução aos alunos. Ele perguntou a um dos estudantes:

__Tomás, vês a árvore lá fora?

__Sim. – Respondeu o menino.

O Professor voltou a perguntar:

__Vês a Grama?

E o menino respondeu prontamente:

__Sim.

Então o professor mandou Tomás sair da sala e lhe disse para olhar para cima e ver se ele enxergava o céu. Tomás entrou e disse:

__Sim, professor, eu vi o céu.

__Viste a Deus? – Perguntou o professor. E o menino respondeu que não.

O professor, olhando para os demais alunos disse:

__É disso que eu estou falando! Tomás não pode ver a Deus porque Deus não está ali! Podemos então concluir que obviamente Deus não existe.

Nesse momento Pedro se levantou e pediu permissão ao professor para fazer mais algumas perguntas a Tomás.

__Tomás, vês a grama lá fora?

__Sim.

__Vês as árvores?

__Sim.

__Vês o céu?

__Sim.

__Vês o professor?

__Sim.

__Vês o cérebro dele ?

__Não!...

Pedro, então, dirigindo-se aos seus companheiros, disse:

__Colegas, de acordo com o que aprendemos hoje, podemos então concluir que, obviamente, o professor não tem cérebro!

(Autor Desconhecido)

O Orgasmo da Maria Gasolina


EnFiat, enFiat!

Vem KA, meu Diplomata, da um Cherokee no meu pescoço..

Vem Logus! EnFiat o seu Picasso na minha Xantia!

Eu sei que você Dakota do recado.

Tira meu Blazer!

Vem que Soul toda Parati.

Você não imagina o Quantum eu quero Dart, seu Besta!

Ai amor, só você me enlouquece e me oFusca.

Meu Gordini, desse jeito, eu te dou um Premio.

Não Palio! Não Palio!

Me Kombi! Me Kombi!

Ai amor, Kadett, que eu não estou te achando seu Picasso?! Ai achei.

Vou te dar o que eu Tempra você.

Vai Variant de posição. Sim, agora com outro Tipo.

Vai, enFiat seu Pointer Turbo no meu Courrier!

Ai Comodoro, Comodoro você!

Ta doendo mas vai Passat. Não para ainda, JAC você está aí me Kombi mais um pouco!

Vai, D-10, D-20, D-30! Bem forte, de frente, de Corsa, de Lada. Isso, amor, Ranger os dentes, assim GM! GM! vai,vai!

Eu sou sua mulher, sua Verona, e você, meu Omega.

Me abraça, me beija e me Ford

Me chama de Perua!

Oggi tudo é Fiesta!

Vou Gol zar!

Caipira valente

Um dia um  caipira mineirim chegou para a mulher e disse:

- Muié, to indo trabaiá i só vorto di noiti.


Quando saiu de casa, a preguiça bateu, e ao invés de ir para roça subiu num pé de manga e ficou lá, morgando. Quando, de repente aparece um negão, vai até o pé de manga e nem percebe que o caipira estava lá. Pega uma manga e começa a chupar, pega mais uma, pega outra, aí a mulher do caipira aparece e diz:

- Pode vir negão, ele já foi!


E o  negão entra na casa do caipira.

O caipira, P da vida, desce da árvore, pega um facão e entra na casa.

Quando abre a porta vê o negão beijando o peito da sua mulher, então levanta o facão e  diz:

- Vai morrééééééé negão!

Nisso o negão saca um 38 da cintura, aponta pro caipira e diz:

- Por que eu vou morrer?


E o caipira:

-  Chupô treis manga e agora tá tomano leite. Nunca disseram pra ocê que dá congestão?


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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

CAIPIRA

Um pesquisador fez um levantamento a nível nacional para saber as coisas que o homem brasileiro mais gostava.


Em todos os cantos do pais a resposta era uma só: - Dinheiro e mulher!


Em todos os estados da federação, os homens respondiam de pronto: - Dinheiro e mulher.


Quase ao final da pesquisa, ele encontrou um mineirinho do interior sentado de cócoras a beira da estrada pitando um cigarro de palha.


- Bom dia. O mineirinho deu uma tragada, cuspiu de lado e respondeu: - Dia, sô.


- Estou fazendo uma pesquisa para saber as coisas que o homem brasileiro mais gosta. O senhor pode me responder?


O mineirinho deu mais uma tragada e mais uma cuspida: - Uai, só. As coisa que o homi mais gosta eh dinheiro, muieh e bicho de pé.


O pesquisador, estranhando a inclusão do item bicho de pé na resposta, perguntou:


- Olha, todo mundo falou dinheiro e mulher. Mas e bicho de pé?


Mais uma tragada e mais uma cuspidinha, o mineirinho retrucou: - Uai, só. Que que adianta nois ter dinheiro e mulher se o bicho não tiver de pé?


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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Estagiário

Um psicólogo fazia testes para admissão de novos candidatos em uma empresa e seleção:


- O senhor pode contar até dez, por favor?


- Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um.


- Por que você contou de trás pra frente?


- É que eu trabalhava na Nasa.


- Sinto muito, está reprovado.


Entra o próximo: - O senhor pode contar até dez, por favor?


- Um, três, cinco, sete, nove, dois, quatro, seis, oito, dez.


- Por que você contou primeiro os ímpares e depois os pares?


- Porque eu trabalhava como carteiro.


- Sinto muito, está reprovado.


Entra o próximo: - O senhor pode contar até dez, por favor?


-1,2,3,4,5,6,7,8 e 1,2,3,4,5,6,7,8 -Por que o sr só contou até oito


-Por que eu era dançarino


-Sinto muito, está reprovado Entra o próximo:


- Antes de começarmos, por favor me diga uma coisa, o que o senhor fazia em seu emprego anterior?


- Eu era estagiário. Fazia faculdade.


- OK.Excelente. O senhor pode contar até dez?


- É claro. Ás, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, dama, valete e rei. Truuuuco, ladrão!


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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um dia diferente!!!

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...


Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:


"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".


No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:


- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?

- Ainda bem que esse infeliz morreu !


Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.


A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?


No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."


O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".

Luís Fernando Veríssimo


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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Tudo Passa

Havia um rei muito poderoso que tinha tudo na vida, mas sentia-se confuso. Resolveu consultar os sábios do reino e disse-lhes:


- Não sei por que me sinto estranho e preciso ter paz de espírito. Preciso de algo que me faça alegre quando estiver triste e que me faça triste quando estiver alegre.


Os sábios resolveram dar um anel ao rei, desde que o rei seguisse certas condições:


Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá abrir o anel quando ele estiver num momento intolerável. Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá o seu significado. Quando TUDO estiver perdido, a confusão for total, acontecer a agonia e nada mais puder ser feito, aí o rei deve abrir o anel.


O rei seguiu o conselho. Um dia o país entrou em guerra e perdeu. Houve vários momentos em que a situação ficou terrível, mas o rei não abriu o anel porque ainda não era o fim. O reino estava perdido, mas ainda podia recuperá-lo. Fugiu do reino para se salvar. O inimigo o seguiu, mas o rei cavalgou até que perdeu os companheiros e o cavalo.


Seguiu a pé, sozinho, e os inimigos atrás; era possível ouvir o ruído dos cavalos. Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr. O inimigo se aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício. Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei ainda pensa:


- Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção. Ainda não é o momento de ler a mensagem...


Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem mais jeito. Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê a mensagem: "Isto também passará". De súbito, o rei relaxa. Isto também passará e, naturalmente, o inimigo mudou de direção. O rei volta e tempo depois reúne seus exércitos e reconquista seu país. Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo, chora de tanta alegria e, de repente, se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem: "Isto também passará". Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito.


Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades, em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante que nos lembremos de que tudo é efêmero, de que tudo passará, de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos, queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não.


A ansiedade, freqüentemente, não nos deixa analisar o que nos ocorre com objetividade. Nem sempre é possível, mesmo. Mas, em muitos momentos, precipitamos atitudes que só pioram o que queríamos que melhorasse, e é na esfera dos relacionamentos amorosos que isso ocorre quase sempre.


A calma, conforme o ditado popular, pode ser o melhor remédio diante daquilo que não depende de nós... Manter as emoções constantemente sob controle é pura fantasia e qualquer um já viveu a sensação de pânico ao perceber que o que mais se valoriza está escapando por entre os dedos.


"Dar tempo ao tempo" não é sintoma de passividade, mas de sabedoria na maior parte dos casos.


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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mulher que lê

Um casal sai de férias para um hotel-fazenda. O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler.


Uma manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca. Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago.Ela navega um pouco, ancora, e continua lendo seu livro.


Chega um guardião do parque em seu barco, pára ao lado da mulher e fala:


- Bom dia, madame. O que está fazendo?


- Lendo um livro - responde, pensando: será que não é óbvio?


- A senhora está em uma área restrita, em que a pesca é proibida, informa.


- Sinto muito, tenente, mas não estou pescando, estou lendo.


- Sim, mas com todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a qualquer momento. Se não sair daí imediatamente, terei de multá-la e processá-la.


- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual.


- Mas eu nem sequer a toquei! - diz o guardião.


- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento.


- Tenha um bom dia, madame.


MORAL DA HISTÓRIA: 'NUNCA DISCUTA COM UMA MULHER QUE LÊ... CERTAMENTE ELA PENSA.'


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