terça-feira, 31 de agosto de 2010

Armadilhas do sucesso

Muitas vezes, gerenciar o sucesso é tão difícil quanto administrar o fracasso. Há diversos exemplos de pessoas notáveis que ficaram
conhecidas não por seus melhores feitos, mas pela incapacidade de administrar o sucesso. Mike Tyson e Michael Jackson são dois exemplos, entre muitos outros.
O sucesso cria situações novas com as quais as pessoas nem sempre estão preparadas para lidar Alimenta ciúmes, inveja, ressentimentos.

Por isso, é preciso saber administrar essas energias para evitar o erro da maioria: ficar
preso em suas armadilhas.
Algumas das principais armadilhas do sucesso são: vaidade pessoas, acomodação, repetição do que deu certo, onipotência, perda da
sensibilidade, ouvir conselhos de pessoas erradas e falta de autodomínio.

Mas, se há as armadilhas, há também medidas que ajudam a escapar delas e preservar o
norte. De início é necessário entender o sucesso como instrumento, não como fim de si mesmo. Ele é um instrumento para viabilizar outros sonhos e ajudar as pessoas. É necessário também, saber que o sucesso de hoje não garante sucesso futuro. O bom resultado pode ser momentâneo, por isso é preciso evoluir, sempre.

Outro ponto é cercar-se de gente
independente e de confiança, que tenha a coragem de dizer verdades, por mais dolorosas que sejam, e relatar fatos sem distorções. Ou
seja, fique longe dos bajuladores.
Por fim, não se afaste das fontes de sucesso.

Esteja sempre em contato com clientes, fornecedores, funcionários, comunidade, público, amigos, família, colaboradores.

(César Souza – Você é do tamanho de seus sonhos – Ed. Gente)
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

As pedras maiores

História retirada da internet

O mestre colocou, em cima da mesa, um vaso de vidro. Em seguida, retirou de um saco uma dezena de pedras do tamanho de uma laranja, e começou a enfiá-las, uma a uma, dentro do jarro. Quando o jarro já estava com pedras até a borda, perguntou aos seus alunos:

- Está cheio?

Todos disseram que sim. O mestre, porém, retirou de outro saco um cascalho, e sacudindo as pedras grandes dentro do jarro, conseguiu colocar bastante cascalho ali dentro.

- Está cheio? – perguntou de novo.

Os alunos disseram que, desta vez, estava cheio. Foi quando o mestre abriu um terceiro saco, cheio de areia fina, e começou a derramá-la no jarro. A areia foi preenchendo o espaço vazio entre as pedras e o cascalho, até que chegou ao topo.

- Muito bem – disse o mestre – agora o jarro está cheio. Qual o ensinamento que eu quis demonstrar?

- Que, não importa o quanto você esteja ocupado, sempre há espaço para fazer alguma coisa a mais – disse um aluno.

- Nada disso. Na verdade, esta pequena demonstração nos faz ver o seguinte: se não colocamos as pedras grandes antes, não poderemos colocá-las depois.

“Então, Quais são as coisas importantes na nossa vida? Quais os projetos que adiamos, as aventuras que não vivemos, os amores pelo qual não lutamos? Perguntem quais são pedras grandes, sólidas, que mantém acesa em vocês a chama de Deus. E coloquem rápido no vaso de suas decisões, ou em pouco tempo já não encontrarão lugar para elas.”
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Montaigne e Goethe sobre a Sabedoria

TEXTO DESTA SEMANA NA AGENDA ATITUDE 2010

“Aconteceu aos verdadeiros sábios o que se verifica com as espigas de trigo, que se erguem orgulhosamente enquanto vazias e, quando se enchem e amadurece o grão, se inclinam e dobram humildemente. Assim esses homens, depois de tudo terem experimentado, sondado e nada haverem encontrado nesse amontoado considerável de coisas tão diversas, renunciaram à sua presunção e reconheceram a sua insignificância. [...] Quando perguntaram ao homem mais sábio que já existiu o que ele sabia, ele respondeu que a única coisa que
sabia era que nada sabia. Sua resposta confirma o que se diz, ou seja, que a mais vasta parcela
do que sabemos é menor que a mais diminuta parcela do que ignoramos. Em outras palavras,
aquilo que pensamos saber é parte - e parte ínfima - da nossa ignorância.”

(Montaigne – 1592)

“As pessoas sempre imaginam que precisamos ficar velhos para virar sábios, mas, na verdade, à medida que os anos avançam, é difícil nos
mantermos tão sábios como éramos. De fato, o homem se toma um ser distinto em diferentes
etapas da vida. Mas ele não pode dizer que se tornou melhor, e, em alguns aspectos, é igualmente provável que ele esteja certo aos
vinte ou aos sessenta. Vemos o mundo de um modo a partir da planície, de outro a partir do
topo de uma escarpa, e de outro ainda das geleiras de uma cordilheira. De alguns desses
pontos podemos ver uma porção maior do mundo que de outros, mas isso é tudo. Não se pode dizer que vemos de modo mais
verdadeiro de um desses pontos que dos restantes.”

(Goethe - 1831)
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domingo, 29 de agosto de 2010

Ricos e pobres

Um dia um pai de família rica, levou seu filho para viajar para o interior com um firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres. Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre. Assim, o pai pretendia mostrar arealidade ao filho.

Quando retornaram da viagem o pai perguntou ao filho:

- Como foi a viagem?
- Muito boa papai!
- Você viu o quão pobre as pessoas podem ser ?
o pai perguntou.
- Sim.
- E o que você aprendeu? - o pai perguntou.

O filho respondeu:
- Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles tem quatro; nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim , eles tem um riacho
que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada, eles tem as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada,
eles tem uma floresta inteira.

Quando o pequeno garoto estava acabando de responder, seu pai ficou estupefato. O filho acrescentou:

- Obrigado, pai, por me mostrar o quanto "pobres "nós somos. Moral da história: Tudo que você tem depende da maneira como se olha. Se você tem amor, amigos, família, saúde, bom humor e atitudes
positivas para com a vida, você tem tudo. Se você não der atenção às coisas que você tem e não ver beleza nelas, você não tem nada.

(Texto Extraído da internet)
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Amor e lealdade

Seu filho e sua filha de 12 anos mostram enorme interesse em assistir ao filme baseado em um livro que eles estão lendo na escola.
Você descobre que o lançamento será daqui a quatro sábados e promete que vai levá-los já na pré-estréia. Será uma tarde muito especial, só vocês. Você ganhou pontos como pai, fez um golaço e tanto. (...)

Três semanas se passam e na quinta-feira anterior à pré-estréia do filme, seus colegas de trabalho o convidam para um jogo de futebol
seguido de churrasco. Seu chefe vai estar lá, jogando com a turma. Um amigo se prontifica a buscá-lo às 10 horas do sábado. Você aceita sem pestanejar. Ser convidado para jogar com o chefe é muito importante para a sua carreira,
que por sinal não anda muito bem. Seria uma boa oportunidade para fazer média.

Você nem se lembrou do compromisso anterior com os
filhos.

No sábado, às 10 horas em ponto, seu amigo está à porta, quando seu filho, absolutamente estarrecido, lhe pergunta: "Pai, você esqueceu
o nosso filme?". O que você faz numa situação dessas?

1. Você diz que não irá ao futebol. Pede mil desculpas ao amigo, diz que não poderá jogar conforme o prometido, pede que ele explique
o ocorrido ao seu chefe, e fim de papo.

2. Você pede mil desculpas aos seus filhos, explica a situação, diz que o chefe vai estar lá, que você os levará no sábado que vem, com
direito a pipoca em dobro. E tudo se resolverá a contento, sem prejuízo de ninguém.

Qual das duas opções você escolhe? Se respondeu que é a primeira, lamento dizer que
você está mentindo. Todo mundo escolhe a segunda opção. Afinal, é sua carreira que poderia estar em jogo. Você bem que podia se
tornar mais amigo da turma do trabalho, você está inseguro. Aliás, quem não está?

O que quero discutir aqui é a razão por trás da sua escolha, o raciocínio que determinou a decisão de postergar o cinema com os filhos.
Você fez essa opção porque no fundo sabe que seus filhos o amam. E, porque o amam, eles entenderão. Sem dúvida, eles ficarão desapontados, mas não para sempre. Afinal, você conseguiu conciliar a agenda de cada um, só vai demorar mais um pouquinho. Porém, com esse tipo de raciocínio, você acaba colocando as pessoas que o amam para trás.
Justamente as pessoas que nos amam é que acabamos decepcionando, vítimas dos nossos
erros do dia-a-dia.

Que recompensa é essa que
dispensamos àqueles que nos amam e que nos são leais? Por quanto tempo eles continuarão
nos amando diante de atitudes assim?

Eu não tenho a menor dúvida de que você escolheu jogar futebol porque sabe muito bem que seu chefe não o ama. Muito pelo contrário, ele não está nem aí para você. Ele pode substituí-lo na hora que quiser, sem um pingo
de remorso. Você aceitou jogar com os colegas para que eles gostem um pouco mais de você.

E com os seus filhos, que já o adoram, você aproveitou para. Negociar. Eles não vão dizer
nada, vão entender, mas sentirão calados uma punhalada nas costas.

A lógica diz que deveríamos ser leais com as pessoas que nos
amam, mas na prática fazemos justamente o contrário.Se acha que ninguém o ama ou que não é
amado o suficiente, talvez isso ocorra porque você não tem sido leal com as pessoas a quem
ama. Achar que elas serão sempre
compreensivas e razoáveis é seguramente o caminho para o desastre. Seus filhos acreditarão em você na próxima vez que lhes
fizer uma promessa? Eles aprenderão o significado da palavra lealdade?

Seu chefe vai esquecê-lo totalmente um mês depois de você se aposentar, bem como os
seus colegas de trabalho. Os únicos que jamais vão esquecê-lo são seus filhos, pela sua lealdade ou pelas pequenas decepções e infidelidades cometidas por você ao longo da vida.

(adaptado De artigo de Stephen Kanitz, publicado na Revista Veja - edição: março de 2008)
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O rosto oculto

Nasrudin foi até a casa de um homem rico pedir dinheiro para obras de caridade. Um pajem veio abrir o portão.

“Anuncie Que o mullah Nasrudin está aqui, e precisa de dinheiro para ajudar os outros”, disse o sábio.

O pajem entrou, e voltou minutos depois. “Meu Senhor não está em casa”. “Então, Permita-lhe que eu lhe deixe um conselho, mesmo que ele não tenha contribuído para as obras de caridade. Da próxima vez em que não estiver em casa, peça-
o para não deixar o seu rosto na janela, senão as pessoas podem achar que ele está mentindo ”.
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Atitude

Por Brahma Kumaris

TEXTOS ATITUDE

Divulgação/Arquivo
Atitude


Tomar atitude implica em sair da acomodação e rever o planejamento de vida como um todo; sabendo de antemão que dificuldades e obstáculos vão aparecer nesse caminho. Mas isso não deve ser motivo de desânimo e, sim, um estímulo para vencer todos os limites. Para tomar atitude é bom seguir algumas dicas:

- relacione pendências do passado, do presente e do futuro, priorizando-as para serem resolvidas;

- tenha em mente que o que passou, passou. Não guarde rancor do que está morto e enterrado;

- seja mais discreto e alegre. Idealize o corpo, a mente e o espírito que você gostaria de ter;

- decida não ser mais omisso e fale o que pensa, determinando momento e lugar certo, para quem quer que seja;

- saiba que, quando você questiona, você aprende; quanto mais questiona, mas aprende;

- saiba que você é digno de respeito e que não é justo ser apegado ao trabalho exagerado, à vaidade, ao passado, ao presente e ao futuro;

- execute bem as tarefas hoje; deixe que o amanhã cuidará do resto.

(texto De Paulo Zabeu no livro "Cinco regras para vencer seus limites")
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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lenda Japonesa


Era uma vez um grande samurai que vivia
perto de Tóquio. Mesmo idoso, se dedicava a
ensinar a arte zen aos jovens.
Apesar de sua idade, corria a lenda de que
ainda era capaz de derrotar qualquer
adversário.

Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua
total falta de escrúpulos apareceu por
ali. Queria derrotar o samurai e aumentar sua
fama. O velho aceitou o desafio e o jovem
começou a insultá-lo.

Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu
em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus
ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o
velho permaneceu impassível.

No final do dia, sentindo-se já exausto e
humilhado, o guerreiro retirou-se.
E os alunos, surpresos, perguntaram ao mestre
como ele pudera suportar tanta indignidade.

- Se alguém chega até você com um presente,
e você não o aceita, a quem pertence o
presente?

- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos
discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os
insultos.

Quando não são aceitos,
continuam pertencendo a quem o carregava
consigo.
A sua paz interior depende exclusivamente de
você.
As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se
você permitir...
Que nossas atitudes sejam sábias o bastante
para que tornemos o mundo cada vez melhor!
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Ninguém é uma ilha

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Águia ou Galinha?

Águia ou Galinha?

Esse texto do Leonardo Boff é muito conhecido mas vale a pena propagá-lo mais! Leia e entenda o que Cristo quer e pode fazer por você ainda hoje!
“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei / rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: – Este pássaro aí não é uma galinha. É uma águia. – De fato, – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão. – Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas. – Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: – Já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: – Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! – Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe: – Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga: – Eu lhe havia dito, ela virou galinha! – Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: – Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra as suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou… voou… até confundir-se com o azul do firmamento…”
Esta parábola evoca dimensões profundas do espírito, indispensáveis para o processo de realização humana: o sentimento de auto-estima, a capacidade de dar a volta por cima das dificuldades quase insuperáveis.
Cada pessoa tem dentro de si uma águia. Ela quer nascer. Sente o chamado das alturas. Busca o sol.
Uma águia tem dentro de si o chamado do infinito. Seu coração sente os picos mais altos das montanhas. Por mais que seja submetida a condições de escravidão, ela nunca deixará de ouvir sua própria natureza de águia que a convoca para as alturas sublimes.
As pessoas que alçam vôo sublime são as que se recusam a deitar-se, a suspirar e desejar que as coisas mudem! Tais pessoas não reclamam sua sorte e tampouco sonham, passivamente, com algum navio longínquo que vai chegando para levá-la pra bem longe. Em vez disso, visualizam em suas mentes que não são desistentes; não permitirão que as circunstâncias da vida as empurrem lá para baixo, e as mantenham subjugadas como galinhas.
Vamos, voe… Voe e vença, ocupe o lugar a que é seu no alto do penhasco.
A águia gosta de pairar nas alturas, acima do mundo, não para ver as pessoas de cima, mas para estimulá-las a olhar para cima” (Elisabeth Kübler – Ross)
Fonte: Trecho do livro “Insight”, de Daniel de Carvalho Luz - Programa Nova Manhã (Nova FM)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

So de Sacanagem

So de Sacanagem

Só de Sacanagem

Elisa Lucinda

Composição: Elisa Lucinda
 
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam
entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo
duramente para educar os meninos mais pobres que eu,
para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus
pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e
eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança
vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança
vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o
aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus
brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao
conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e
dos justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva
o lápis do coleguinha",
" Esse apontador não é seu, minha filhinha".
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido
que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca
tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica
ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao
culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do
meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo
o mundo rouba" e eu vou dizer: Não importa, será esse
o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu
irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a
quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o
escambau.
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde
o primeiro homem que veio de Portugal".
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente
quiser, vai dá para mudar o final!

domingo, 1 de agosto de 2010


Fácil e Difícil - Carlos Drummond de Andrade


Falar é completamente fácil, quando se tem palavra em mente que expressem sua opinião. Difícil é expressar por atitudes e gestos o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação. Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer “oi” ou “como vai?” Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo, como uma corrente elétrica, quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que se deseja saber. Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo. Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que somente uma vai te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.