quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A imagem reflete

A imagem que cada um tem de si mesmo é, em grande parte, reflexo daquilo que os outros pensam sobre nós; ou, melhor dizendo, a
imagem que cada um tem de si mesmo é em grande parte o que queremos que os outros pensem sobre nós.

Não podemos esquecer-nos, além disso, de que a imagem que alguém tem de si mesmo é uma componente real da sua personalidade, e que regula em boa parte o acesso à sua própria
energia interior. E, em muitos casos, não só permite o acesso a essa energia, como inclusive cria essa energia.

Como pode a imagem de si mesmo criar energia interior?

É um fenómeno que pode observar-se claramente, por exemplo, nos desportos. Os treinadores sabem bem que, em determinadas situações anímicas, os seus atletas rendem menos. Quando uma pessoa sofre um fracasso, ou se encontra perante um ambiente hostil, é fácil que se sinta desanimado, desvitalizado, com falta de energia.

Quando uma equipa de futebol joga com entusiasmo, os jogadores desenvolvem-se de uma forma surpreendente. Também isso
acontece com os corredores de fundo, os ciclistas: podem estar no limite da sua resistência pelo cansaço de uma grande corrida, mas a aclamação do público ao dobrar uma curva parece pôr-lhes asas nos pés.

A sua energia interior não é um valor constante, mas depende muito do que pensa de si mesmo. Se passarem a considerá-lo
incapaz de fazer algo, será extraordinariamente difícil, ao considerar essa afirmação, que
realmente o faça - se é que chegará a fazê-lo.

Além disso, o caminho do desânimo tem também o seu poder de sedução, porque o derrotismo e o vitimismo se apresentam para
muitas pessoas como algo realmente tentador.

(autor desconhecido)
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A Fábula da Verdade

Uma tarde, muito desconsolada e triste, a verdade encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.

- Verdade, porque estás tão abatida?

- perguntou a Parábola.

- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!

- Que disparate! - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam.Toma, veste algumas
das minhas roupas e vê o que acontece.

Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda à parte onde passava era bem vinda.

- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada."

(Conto Judaico)
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sábado, 16 de outubro de 2010

Dar

Se você quer alguma coisa, dê-a! Não parece um despropósito? É mais fácil conseguir o que se quer abrindo mão de parte do que já se
tem. Quando um agricultor quer mais sementes, pegas as que têm e as entrega à terra. Quando você que um sorriso, oferece o seu. Quando quer afeto, dá afeto. Quando ajuda as pessoas, elas o ajudam. E quando quer um beijo na boca? Beija a boca de alguém. E se quiser que as pessoas lhe dêem dinheiro? Dê um pouco do seu. Pense nisso. Se a fixação, o apego excessivo, impede o fluxo de coisas boas para a sua vida, talvez a atitude oposta seja o desprendimento: o de entregarmos uma coisa que valorizamos muito. O que você dá tende a voltar a suas mãos...

Quantas vezes a gente ouve esse tipo de história... “um velho miserável e pão-duro, que
praticamente passava fome, morreu com um milhão de dólares debaixo do colchão?”. Aí vem a pergunta: “Se é preciso dar para receber, o que aconteceu neste caso?”

Aí eu respondo: seu saldo bancário não é a medida de sua abundância. Abundância é aquilo que circula em sua vida. A prosperidade é um
fluxo: dar e receber. Se você tem uma fortuna depositada na Suíça e não a usa, esse dinheiro não o está enriquecendo. Tecnicamente é seu,
mas na realidade você não “recebe” nada dele.

Esse dinheiro não o torna abundante e podia muito bem pertencer a outra pessoa. Portanto,
o princípio de dar e receber continua valendo mesmo assim.
Em poucas palavras: o macete consiste em dar sem querer nada em troca. Se você espera um
retorno, está fixado no resultado – e quando nos fixamos no que quer que seja, pouca coisa acontece. E não devemos gozar das nossas
posses pessoais? Claro que sim! Basta Ter certeza de que é você que as possui, e não elas a você.

(texto de Andrew Matthews, do livro “Siga seu coração”)
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A lógica de Einstein

Duas crianças estavam patinando num lago congelado da Alemanha. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas.

De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amiguinho preso e se
congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o
amigo.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:

- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!

Nesse instante, o gênio Albert Einstein que passava pelo local, comentou:

- Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram:

- Pode nos dizer como?

- É simples, respondeu o Einstein. Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz.

”Fazer ou não fazer algo, só depende de nossa vontade e perseverança”.

(Albert Einstein)
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A casa da minha infância

A casa da minha infância
tinha quintal e porão
como só as casas da infância
sabem ter.
Era alta e amarela

a casa da minha infância
e dava a nítida impressão
de que era muito antiga
desde que fora feita.
E tinha uma varanda

a casa da minha infância
com uma escada branca ao lado
que subia
e, torta,
parava,
subia
e chegava.

A casa da minha infância
tinha um caramanchão
sobre o qual escorria
uma primavera vermelha
florindo e tingindo o chão
de paralelepípedos.
Lá dentro,

na casa da minha infância,
tinha uma sala de visitas
com um quadro de Jesus
vigiando.
Depois, sala de jantar,
santa ceia prateada,
cristaleira
e o rádio RCA Victor
sintonizando os programas
da Radio Nacional do Rio de Janeiro,
Brasil,
(patrocínio das Casas Masson).
Tinha, ainda, copa,
quarto,
quarto,
corredor,
quarto
e cozinha,
fogão Dako elétrico e,
em cima,
a inscrição no pano de prato:
"quando em seu coração reina a paz
a menor casa num palácio se faz".

A casa da minha infância
tinha um jabuti,
um pé de limão
e uma parreira.
Mas tinha, sobretudo,
Os mistérios das cortinas.
Os segredos dos armários,
a sedução do pichichê.
E era imensa,
forte.
O mundo entrava timidamente
pela fresta da janela
na casa da minha infância.

(Sérgio Antunes, poeta e escritor;
www.sergioantunes.art.br)
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Você é...

Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.

(por Martha Medeiros)
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mídias Sociais / Tendências A diferença entre ser popular e ser influente

Nossa interação social, amplificada pela convivência e atuação online, nos traz percepções novas sobre o que é ser popular e o que é ser influente. Muitos acreditam que uma pessoa deve ganhar popularidade para então exercer influência.

Um estudo divulgado no final de setembro pelo pesquisador em mídias sociais Brian Solis, em conjunto com o instituto de pesquisas norteamericano Vocus, mostrou que nem sempre essas duas características – popularidade e influência – caminham juntas.

A principal questão que paira no ar é: será que o poder de influência, tradicionalmente exercido por celebridades, políticos, grandes marcas, continua valendo? Ou as mídias sociais proporcionaram uma “equalização” da influência, permitindo a qualquer internauta ser mais ouvido do que alguém “famoso”?

Conduzido com 700 executivos, empreendedores e profissionais de marketing, o estudo mostrou que 90% dos participantes realmente acreditam que uma coisa é bem diferente da outra. Mais interessante do que o percentual, no entanto, é descobrir algumas justificativas:

“Popularidade é quando simplesmente gostam de você. Influência é quando as pessoas escutam o que você diz. ”

“Popularidade É passageira. Influência é duradoura.”

“Lady Gaga é popular. Bono é influente.”

Por outro lado, também há argumentos que conectam uma coisa à outra:

“Geralmente as coisas mais influentes são também as mais populares.”

“Uma definitivamente leva à outra. Mais popularidade = mais visibilidade = mais oportunidade de influenciar. ”

No fundo, o alcance ou influência de alguém se mede por sua capacidade de provocar ação ou mudança de atitude – e 84% das pessoas consultadas para o estudo também acreditam nisso. É por isso que Bono, por exemplo, é mais influente do que Lady Gaga.

Outro exemplo: algumas pessoas podem ter menos seguidores no Twitter mas exercerem sobre estes muito mais influência do que alguém muito popular mas cujos tweets passam despercebidos por falta de conteúdo relevante.

E você, o que está fazendo para cultivar sua influência e presença no mundo online ou offline?

Autora: Mariela Castro Coluna vcsa
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Histórias de viagem

Ekaterinburg, Rússia: os sapatos

Logo depois da queda do sistema comunista, uma empresa belga envia à cidade russa dois representantes para ver a viabilidade de vender seus produtos.

Recebe dois relatórios diferentes:

“Aqui ninguém usa sapatos ocidentais” escreve o primeiro. “Se Instalarmos uma fábrica, teremos prejuízo”.

“Aqui Ninguém usa sapatos ocidentais” escreve o segundo representante. “Se Instalarmos uma fábrica, lançaremos a moda e venderemos toda a produção ”.

Yuri, Ucrânia

Muitas pessoas se postam na porta de entrada do Caminho, e querem selecionar quem deve entrar.

O puritano pergunta: “Por que os pecadores?”

E o moralista berra: “A prostituta quer fazer parte do banquete!”

E grita o guardião dos valores sociais: “Como perdoar a mulher adúltera se ela pecou?”

O penitente rasga suas roupas: “Por que curar um cego que só pensa em sua doença e nem sequer agradece ?”

Grita o político: Por que dar a César o que é de César, e não levantar as massas contra os opressores ?”

O asceta esperneia: “Deixas que a mulher derrame em teus cabelos um óleo caro. Por que não vendê-lo e comprar comida ?”

Sorrindo, Jesus segura a porta aberta. E entram todos que quiserem entrar independente da gritaria histérica.

Coluna Paulo Coelho G1
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sábado, 2 de outubro de 2010

O Pavão

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial.

Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma.

O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos.

De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.

Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

(Rubem Braga, considerado por muitos o maior cronista brasileiro; texto publicado em 1958, extraído do livro “Ai de ti, Copacabana”)
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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Princípio do vácuo

Você tem o hábito de juntar objetos inúteis no momento, acreditando que um dia (não sabe quando) poderá precisar deles? Você tem o hábito de juntar dinheiro só para não gastá-lo, pois no futuro poderá fazer falta? 

Você tem o hábito de guardar roupas, sapatos, móveis, utensílios domésticos e outros tipos de equipamentos que já não usa há um bom tempo?

E dentro de você? Você tem o hábito de guardar mágoas, ressentimentos, raivas e medos? Não faça isso.

É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem em sua vida.

É preciso eliminar o que é inútil em você e na sua vida, para que a prosperidade venha.

É a força desse Vazio que absorverá e atrairá tudo o que você almeja.

Enquanto você estiver material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço aberto para novas oportunidades.

Os bens precisam circular. Limpe as gavetas, os guarda-roupas, o quartinho lá do fundo, a garagem.

Dê o que você não usa mais. A atitude de guardar um monte de coisas inúteis amarra sua vida. Não são os objetos guardados que emperram sua vida, mas o significado da atitude de guardar.

Quando se guarda, considera-se a possibilidade da falta, da carência. É acreditar que amanhã poderá faltar, e você não terá meios de prover suas necessidades.

Com essa postura, você está enviando duas mensagens para o seu cérebro e para a vida: primeira: você não confia no amanhã e segunda: você acredita que o novo e o melhor não são para você, já que se contenta em guardar coisas velhas e inúteis.

Desfaça-se do que perdeu a cor e o brilho e deixe entrar o novo em sua casa e dentro de você!

(por Joseph Newton)
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