Certo dia, seu pai lhe pediu que o levasse à cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro. Como teria que esperá-lo lhe encarregou de algumas tarefas, como levar o carro à oficina. Quando se despediu de meu pai, ele me disse: “Nós nos veremos neste local às 5 horas da tarde e retornaremos para casa juntos”.
Após, muito rapidamente, completar todas as tarefas, ele foi ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, que esqueceu o tempo. Eram 5:30 horas da tarde, quando lembrou e correu para a oficina, pegou o carro e correu até onde estava seu pai. Já eram quase 6 horas da tarde.
O pai perguntou com ansiedade: 'Por que chegaste tarde?' Como ele não podia dizer que estava no cinema, disse que o carro não estava pronto e que teve que esperar... Isto ele disse sem saber que seu pai já havia ligado para a oficina.
Quando o pai deu conta de que o filho havia mentido, disse: 'Algo não anda bem, na maneira pela qual tenho te educado que não tem proporcionado confiança em dizer-me a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado contigo. Vou caminhar as 18 milhas à casa e pensar sobre isto.'
Assim, vestido com seu traje e seus sapatos elegantes, começou a caminhar até a casa, por caminhos que nem estavam asfaltados nem iluminados. Não podia deixá-lo só. Assim, o filho dirigiu por 5 horas e meia atrás do pai. Vendo seu pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que ele havia dito.
A lição que ele tirou foi: desde aquele exato momento nunca mais iria mentir. Muitas vezes ele se recorda desse episódio e pensa, se meu pai tivesse me castigado do modo que castigamos nossos filhos teria aprendido a lição? Não acredito. A ação de sabedoria de meu pai foi tão forte que a tenho impressa na memória como se fosse ontem...
Texto retirado do site: https://palestrante.srv.br/artigos/fabula-e-parabola/a-verdade-e-menos-dolorosa
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