sexta-feira, 21 de outubro de 2022

O mundo é o seu espelho

Tempos atrás, em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos mil espelhos.

Um pequeno e feliz cãozinho soube da existência desse lugar e decidiu visitá-lo. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa.

Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa, deparou-se com outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. Ele abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com mil enormes sorrisos. Quando saiu da casa, pensou: “Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes”. 

Nesse mesmo vilarejo, outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou ressabiado através da porta. 

Quando viu mil olhares hostis de cães que o observavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes. Ele ficou horrorizado ao ver mil cãezinhos bravos rosnando e mostrando os dentes para ele.

Quando saiu, ele pensou: “Que lugar horrível, nunca mais volto aqui”. Todos os rostos no mundo são espelhos.

Que tipo de reflexo você vê no rosto das pessoas que encontra?

terça-feira, 30 de junho de 2020

O vinho e a água

“Experiência é o nome que cada um dá a seus erros”. 

(Oscar Wilde)




Nos Alpes Italianos existia um pequeno vilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para produção de vinho. Uma vez por ano, acontecia uma grande festa para comemorar o sucesso da colheita.

 

A tradição exigia que nessa festa cada morador do vilarejo trouxesse uma garrafa do seu melhor vinho, o de maior sucesso, para colocar dentro de um grande barril, que ficava na praça central.

 

Um dos moradores pensou: “Porque deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei água, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta.” Assim pensou e assim fez.

 

Conforme o costume, em determinado momento, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca para provar aquele vinho, cuja fama se estendia muito além das fronteiras do país.

 

Contudo, ao abrir a torneira, um absoluto silêncio tomou conta da multidão. Do barril saiu… água!

 

“A ausência da minha parte não fará falta.” Foi o pensamento de cada um dos produtores… Muitas vezes somos conduzidos a pensar “Tantas pessoas existem neste mundo! Se eu não fizer a minha parte, o meu trabalho, isto não terá importância.” Será?

 

Você sempre tem que estar motivado para fazer a sua parte, tenha um pensamento diferente dos outros e faça o seu trabalho, independente do que os outros possam estar fazendo.

sábado, 27 de junho de 2020

Fábula motivacional – Os macaquinhos na jaula

O medo de perder tira a vontade de ganhar.

“Wanderley Luxemburgo“




Em um zoológico bem cuidado de uma pequena cidade havia animais comuns: raposas, saguis, tamanduás, hienas, guarás, araras, tamanduás, tucanos, pavões, curiós…Um lugar calmo e perfeito para a vida daqueles animais.
 
Bem no centro daquele paraíso havia uma jaula onde "moravam" cinco macacos. Ali eles podiam ter uma ampla visão do jardim e dos demais animais. A comida e a água eram suficientes e até tinham um cantinho macio onde podiam descansar. Sobrava espaço para as muitas brincadeiras. Enfim, um paraíso na Terra! Eles estavam sempre alegres, bem-dispostos, com ótimo humor.
 
Entretanto, bem no meio da jaula, pesquisadores colocaram uma escada e, em cima dela, um cacho de bananas. Para os macacos, aquela visão era bem atraente: frutas maduras, cheirosas e sedutoras. A todo instante paravam as brincadeiras para olhar para cima. Aquilo, sim, era uma tentação! Então eles salivavam subir pela escada para tirar uma única banana…Ah! Que tentação…Mas só pensavam…Logo, logo voltavam à rotina de brincadeiras. 
 
Todas as vezes que um deles, furtivamente, começava a subir a escada, os observadores, do lado de fora, lançava jatos de água fria, propositadamente sobre os outros macacos. Então, o "traidor" era censurado pelo grupo, que gritava para ele não mais repetir aquilo. Afinal, qualquer um que ousasse subi decretava a punição dos demais: jatos de água eram jogados sobre os que estavam embaixo. Por isso, ninguém naquela jaula se arriscava a pegar uma única banana. Com o tempo, nenhum deles subia mais a escada, embora a tentação pelas bananas fosse muito grande. Aquele que fosse apanhado na tentativa terminava apanhando dos outros.
 
Depois de algum tempo, um dos macacos foi substituído por um novato. Assim que ele chegou, lançou-se escada acima. Resultado: levou um monte de cascudos dos demais e nunca mais tentou subir.
 
Passando algum tempo, substituíram outro veterano por outro novato, que também tentou subir a escada e apanhou dos demais, inclusive do que havia chegado um pouco antes dele.
 
Acabaram substituindo cinco veteranos por cinco novatos, e nenhum deles subia a escada. Depois de muita especulação, muito sutilmente, um dos novatos perguntou: 
 
– Ei, amigos, por que não podemos subir pela escada e pegar as bananas?
 
Todos olharam surpresos para ele e responderam quase em uníssono:
 
– Nós não sabemos, mas aqui sempre foi assim: se subir, apanha!

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Contos Orientais - parte 1


“A felicidade não está em fazer o que a gente quer, e sim querer o que a gente faz”. (Jean Paul Sartre)



Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

– Que tipo de pessoa vive neste lugar ?
– Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ? – perguntou por sua vez o ancião.
– Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – estou satisfeito de haver saído de lá.
– A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui –replicou o velho.

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião

perguntou-lhe:

– Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
– O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

– Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?

Ao que o velho respondeu :

– Cada um carrega no seu coração o  ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.

Autor desconhecido.



quinta-feira, 25 de junho de 2020

Contos indianos – Dharma: Nada na vida acontece por acaso

Nada acontece ao homem que não é próprio do homem

Marco Aurélio, imperador romano.




Conta a professora e filósofa Lucia Helena Galvão esta estória, de um príncipe cujo pai, o rei, tinha um conselheiro, um sábio ancião que, de forma serena, sempre repetia a máxima de vida segundo a qual “tudo acontece para o melhor, nada acontece por acaso”.


O príncipe cresceu ouvindo o jargão do ancião. Jovem e imediatista, achava que o sábio não tinha razão e que as coisas eram absolutamente casuais. Portanto, aquele conselheiro não tinha sabedoria alguma.


Certo dia, seu pai falece e ele assume o poder. Logo pensa em dispensar o conselheiro derrotista e conformista que só sabia repetir sua velha máxima.


Em uma bela ocasião, o novo rei resolve ir caçar com seus homens e, junto com eles, o sábio. O novo rei pretendia, na primeira oportunidade em que o ancião repetisse o jargão, se livrar dele.


Quando chegaram ao meio da floresta, o tempo sofre uma reviravolta, e uma ventania violenta toma conta e derruba um galho, que bate contra a testa do novo monarca, derrubando-o do elefante e resultando em um corte profundo na testa.


Caído no chão, meio atordoado, e com todos em volta para acudi-lo, o rei se levanta e reclama: “Que absurdo, como pôde acontecer uma coisa dessas comigo? Me machuquei inutilmente”.


Logo, o sábio conselheiro chega perto dele e fala: “Não se preocupe. Tudo acontece para o melhor, nada é por acaso”.


Indignado com o sábio, o rei ordenou a seus homens que cavassem um buraco, amarrassem o ancião e o deixassem para os chacais comerem. “Agora quero ver se ele vai achar que é para o melhor”, disse o monarca.


Ao ir embora, o rei se perde de sua comitiva pela floresta e escuta de longe um barulho. Pensando serem seus homens, ele vai até os comandados e encontra um grupo de bandidos, que o aprisionam. Os ladrões estavam fazendo um culto a uma divindade e teriam que entregar um ser humano em sacrifício.


Os bandidos levam o novo rei para o altar e, no momento de sacrificá-lo, percebem na testa dele um corte. Reclamam que, para servir de sacrifício à divindade, o ser humano deve estar íntegro fisicamente. Então o mandam embora, pois aquele homem não mais servia.


No mesmo momento, o novo rei lembra-se da sabedoria do velho sábio e admite que o conselheiro tinha razão.


Mais tarde, ao reencontrar seus homens, ele vai em busca do conselheiro, afirmando que cometera uma injustiça. Ao chegar no poço, retira o sábio de lá e lhe pede desculpas, dizendo que a ferida o salvou.


O velho disse: “É, aqueles bandidos que tentaram te matar passaram por aqui também. Só não conseguiram me achar pois eu estava dentro do buraco. Tudo acontece para o melhor, nada é por acaso”.



quarta-feira, 24 de junho de 2020

Marcas de batom no banheiro…


Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: uma turma de meninas de 12 anos, que usava batom, todos os dias removia o excesso beijando o espelho do banheiro.

O diretor andava bastante aborrecido porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom.


Chegou a chamar a atenção delas por quase 2 meses, e nada mudou, todos os dias acontecia a mesma coisa….


Um dia o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam.


Depois de uma hora falando, e elas com cara de deboche, o diretor pediu ao zelador “para demonstrar a dificuldade do trabalho”.


O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.


Nunca mais apareceram marcas no espelho!


“Há professores e há educadores” !!!!

terça-feira, 23 de junho de 2020

A FÁBULA DO RATO



Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.

Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!

A galinha disse:

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!

- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:

- O que? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.

A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.

No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

“Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é o problema de todos.”